Mossoró registra em setembro a sua trajetória de libertação. O espetáculo O Auto da Liberdade celebra a coragem de um povo, consagrando-se como um dos maiores espetáculos teatrais ao ar livre do mundo.
Na apresentação são reunidas mais de 400 pessoas . A peça é uma criação do poeta mossoroense Crispiniano Neto em forma de prosa e verso, tendo sido montada por diretores de teatro como Amir Haddad, Fernando Bicudo , Gabriel Vilella e Marcelo Flecha.
Sempre encenado no final do mês de setembro, o pioneirismo na libertação dos escravos divide a cena com outros três atos: o primeiro voto da mulher na América Latina, por Celina Guimarães. Professora, juíza de futebol, mulher atuante em Mossoró, foi a primeira eleitora inscrita no Brasil. Após tirar seu título eleitoral, um grande movimento nacional levou mulheres de diversas cidades do Rio Grande do Norte e outros nove estados da Federação a fazerem a mesma coisa; o segundo ato apresenta mais uma vez o pioneirismo feminino com o motim das mulheres contra o alistamento militar obrigatório para Guerra do Paraguai. Nesse ponto o espetáculo volta à 4 de setembro de 1875, quando 300 mulheres foram às ruas contra o alistamento dos seus filhos e maridos. No cartório militar, rasgou-se as fichas de alistamento. Em desfile nas ruas, convocaram a todos para a justa causa. Por último os atores em palco apresentam a resistência da cidade ao bando de Lampião, quando os mossoroenses se uniram para defender a cidade de ser saqueada pelo cangaceiro.
Além da encenação, também fazem parte da comemoração um desfile pára-militar e o um Cortejo de Cultura Popular.
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